sexta-feira, dezembro 08, 2006

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO - Desafio 2



Este texto é um link a partir do desafio 1 da atividade "semana1a" do meu webfolio da interdisciplina em questão no ROODA.

O processo educacional tem no computador uma ferramenta de ensino-aprendizagem que pode desencadear transformações tanto no professor quanto no aluno. São transformações de ordem motivacional, emocional e de relação consigo mesmo, com o mundo a seu redor e com a sociedade que o constitui. Entretanto, numa escola que insista em práticas questionáveis (métodos de pesquisa equivocados ou inexistentes, memorização, competição, etc), o uso da informática correria o risco de reproduzir o que já é a práxis cotidiana, com uma compartimentação excessiva de espaços e tempos, com pouco destaque para o senso crítico e o discernimento frente a tantas informações disponíveis na rede mundial de computadores.

A começar pela escolha da sala que abrigará o laboratório de informática, a facilidade de acesso (inclusive por parte de cadeirantes, pessoas idosas e com dificuldades visuais) deve ser um ponto a merecer atenção especial. Planejando de forma inclusiva, imagine o equívoco por parte de uma equipe ao destacar uma sala ao final de um corredor no terceiro pavimento de um determinado prédio.

No tocante ao mobiliário, um dos pontos centrais em discussão no desafio número 2, este deve conter bancadas para acomodar os computadores clientes e uma mesa em particular para o computador servidor, ligado aos periféricos que o laboratório precisa disponibilizar: impressora e scanner. Interessante afixar em local estratégico, de fácil visualização por parte de todos os alunos, um quadro branco para intervenções por parte do professor facilitador. Esta disposição do quadro estaria condicionada à disposição das bancadas com os computadores: em formato de uma letra U, em uma sala de, no mínimo, 30 metros quadrados, a qual permitiria que o professor se deslocasse sem qualquer obstáculo de um ponto a outro, atendendo a todos os que solicitassem seu auxílio de imediato.

Uma escola que busca um maior contato dos alunos entre si, a fim de que possam experimentar a riqueza da troca de conclusões pessoais em busca de um parecer comum acerca de um determinado tema, obviamente optará pela disposição dos computadores de modo que não apenas facilite, mas promova tal interação. Algumas escolas optam pela reprodução do modelo comumente utilizado em sala de aula, no qual os alunos ficam em colunas que raras vezes são configuráveis de outra forma senão em um número fixo de alunos um atrás do outro, o que pode estar a configurar o receio dos educadores em permitir uma maior percepção da presença do outro enquanto ser que questiona, formula hipóteses, pesquisa e deseja compartilhar conclusões. O que torna a aprendizagem mais significativa é o envolvimento afetivo, seja com o professor, os colegas e o objeto de pesquisa. Uma escola que delimita fisicamente os espaços de atuação do aluno e do professor expropriaria ambos de uma interação mais profunda e enriquecedora.

2 comentários:

Renato Avellar disse...

Olá Paulo!
Gostei muito do seu blog, achei que esta reflexão que fez sobre as disposições da sala são muito importantes, talvez fosse o caso de discutirmos isso na sala do PEAD no pólo. Quem sabe aplicar uma nova formatação lá possa trazer alguns questionamento.
Um grande abraço.
Renato.

Lidia disse...

Querido amigo,li o teu texto, e gostaria de dizer que o processo de informatização de uma escola é muito complicado, principalmente quando pessoas chaves não tem o conhecimento informático. O contexto é muito complicado.
Beijos. Lídia.