quinta-feira, novembro 02, 2006

Paulo Freire - EPPC 3



Leituras a respeito de Paulo Freire

Paulo Freire, ao desenvolver suas pesquisas e reflexões acerca da educação, optou por seguir o dia a dia de sua práxis. O método Paulo Freire veio como uma imperiosa necessidade de inventar um novo instrumento, este eficiente como meio para responder ao desafio que lhe propunha o cotidiano.

Aos 38 anos publicou seu primeiro livro, Educação e Atualidade Brasileira, um resultado da experiência acumulada em aulas, conferências, relatórios e debates. Em sua fala, pregava tanto contra a consciência intransitiva quanto àquela fanatizada. Para ele, a educação precisa ajudar as pessoas a exercerem a consciência crítica como forma de vida.

Para Freire, educar necessita de paixão. "A paixão implica em interesse pelo outro, em desejar o desejo do outro, em querer aprender, dialogar, influir, formar. Aponta para a busca de se conhecer e de se transformar. Pressupõe a consciência da incompletude do ser humano. Daí o desejo de se modificar, de formar, não para que todos pensem igual, mas para que todos possam crescer, libertar-se e ser solidários, na base do respeito à diferença." Diferente da pedagogia tradicional, a pedagogia freireana coloca o diálogo enquanto centro da educação, não a figura de uma pessoa, ou seja, nem o professor, nem o aluno.
A educação, para Paulo Freire, não pode se furtar do seu papel de fonte de esperança, pois ele só validava a prática pedagógica que devolvesse ao educando a esperança de que, com a educação, este poderia mudar seu status quo, mudando sua história com suas próprias mãos, não tornando seu presente o resultado de um passado que escraviza e determina a trajetória de cada um.

Freire instigou os professores a mudar o modo como ensinam e aos educando exortou a mudar sua própria história. Com sua práxis, forjou uma pedagogia e uma sociologia da educação vinculadas a um chamamento em favor da democratização da sociedade e da escola. O educador apresentou uma teoria centrada no diálogo, na reciprocidade e um método de problematização que devem ser reinventados tanto por professores quanto pelos alunos em cada nova situação vivida.

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